Controle emocional: saiba como lidar com suas emoções.
Estamos em uma jornada de aprendizado sobre essas queridinhas que são as nossas emoções. Amamos desfrutar das que são “agradáveis” como a alegria e as suas primas como a satisfação, a felicidade e o entusiasmo. Temos maiores desafios com as “desagradáveis” como o medo, a raiva e a tristeza. Mas já aprendemos que todas elas fazem parte da vida humana e tem uma função de nos adaptar. Então a nossa intenção essa semana é pensarmos juntos em algumas formas de gerenciar o nosso mundo emocional.
Gerenciar é a palavra de ordem e não controlar, como muitos gostam de insistir: “controle as suas emoções!”. Nunca vamos controlar o movimento químico que acontece no nosso cérebro, mas podemos e devemos sim aprender a viver de forma a fazer uma boa gestão das emoções.
Um dos textos mais lindos escritos pelo apóstolo Paulo à Igreja de Filipo nos orienta a como devemos lidar com essas emoções. Ele diz: “Não andeis ansiosos por coisa alguma, em tudo, porém, SEJAM CONHECIDAS, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.” (Filipenses 4.6). Paulo está afirmando que não precisamos permanecer na ansiedade (que é uma parente do medo) e que existe uma ação para isso: apresentar o que sinto a Deus, de todas as formas possíveis, quando a ansiedade aparecer. Preciso que essas emoções que acontecem sejam conhecidas por mim e apresentadas a Deus.
Essa semana vamos compartilhar com vocês 5 maneiras de gerenciar a nossa vida emocional. São ações e estratégias que já foram comprovadas como úteis para tornar saudável a vida mental.
1 – Identificar, nomear e aceitar a emoção!
Perceber que estou sentindo algo, agradável ou não é o primeiro passo que devemos dar. As sensações emocionais podem ser sentidas no nosso corpo como batimentos cardíacos acelerados e tensão muscular quando estamos ansiosos. O nosso humor é também alterado como um aumento do nervosismo ou excitação. Parar e perceber que algo diferente está acontecendo é o primeiro passo. Ao identificar o que se passa precisamos nomear o que estamos sentindo e por vezes precisamos conversar com alguém para buscar ajuda para isso. Uma vez que identificamos e damos nome a emoção precisamos aceitar a presença dela naquele momento da vida. Brigar com o que sentimos só intensifica as sensações porque estamos dizendo ao cérebro que de verdade aquilo é ruim e perigoso. Então, se identificar a ansiedade preciso aceitar a presença dela.
2 – Validar a emoção!
Validar a emoção é avaliar se aquilo que estou sentindo “faz sentido” sentir. Vamos seguir o exemplo da ansiedade que estamos usando aqui nesse texto. Se estou ansioso porque tenho receio de ser mandado embora em meio a pandemia do covid 19 porque várias pessoas de minha empresa já foram dispensadas, “faz sentido” me sentir ansioso. É válido sentir ansiedade em um contexto como esse. Nesse momento você deve descobrir, fazer até uma lista para descobrir se você tem razões reais para sentir as emoções que estão sendo liberadas. Validando ou não as emoções, você tem como argumentar com sua inteligência o quanto justifica continuar se sentindo assim. Aos poucos o seu cérebro vai entender que você já se deu conta do que ele quis te alertar e que não precisa liberar tanta ansiedade assim porque você já vai buscar soluções para lidar com a situação que está acontecendo.
3 – Normalizar a emoção!
Normalizar a emoção é quase que um resultado da validação. É lembrar a você mesmo que é normal sentir emoções e que as situações em que está vivendo normalmente liberam esse tipo de emoções. Ou seja, não precisa se desesperar com o que está sentindo porque as emoções são química necessária à vida e já aprendemos lá atrás que o objetivo delas é nos adaptar, preservando a nossa vida.
4 – Perceber a emoção como temporária!
Como as emoções são uma substância química liberada no organismo elas são passageiras. A ciência apresenta dados sobre o tempo em que uma emoção acontece em uma criança – de 12 a 16 minutos e no adulto – de 12 a 24 minutos de duração. Então não precisamos nos preocupar em permanecer nos sentindo de forma desagradável como a ansiedade, o medo ou a raiva nos trazem porque elas vão passar. E pensar assim é por si só uma forma de administrar positivamente o que está acontecendo dentro de você.
5 – Ter metas emocionais positivas!
Independente da emoção que estamos sentindo agora podemos escolher ter outras emoções como metas. Como escolhemos outras coisas na vida, pode escolher por emoções que sejam positivas. Pensar nos benefícios de se sentir alegre, divertido, sereno, entre outros e estabelecer que esta emoção será um objetivo para os próximos dias. Se você escolher a alegria, por exemplo, para estimular que essa emoção agradáveis seja ativada você deve buscar imagens ou lembranças de situações onde se sentiu alegre, feliz. Também planejar uma atividade para ser realizada que normalmente faça você se sentir feliz. Entre as emoções positivas a serem estabelecidas como metas vou sugerir as seguintes opções: alegria, gratidão, serenidade, interesse, esperança, orgulho, diversão, inspiração, reverência, amor
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(Formulário 2.12 – Busca de emoções positivas – Regulação Emocional de em Psicoterapia de Leahy, Tirch & Napolitano, 2013).
