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Ansiedade Infantil

Em momentos como o que estamos passando de cancelamento de várias atividades habituais, mudança brusca de rotina e necessidade de distanciamento/isolamento social, precisamos ficar atentos ao comportamento das crianças, considerando que elas podem nos revelar muitas coisas através das suas atitudes.

Independentemente da idade que a sua criança tenha, ela está em uma fase de desenvolvimento que demanda atenção, pois, cada fase tem a sua importância, dentro do contexto biopsicossocial. Sendo assim, precisamos compreender que, quando o corpo está em uma situação estressante, estará passando por uma ação neuroquímica, ou seja, haverá uma reação corporal e emocional em consequência dos hormônios e neurotransmissores do estresse. Na criança não é diferente, e o resultado de todo esse investimento neuroquímico é uma criança hipersensível, aparentemente mais enérgica, com a rotina do sono alterada, exigindo maior atenção e ansiosa.

Hoje, iremos focar na ansiedade. Contextualizando, a ansiedade é uma emoção normal e adaptativa. Nos ajuda a lidar com as dificuldades, assim como com situações desafiantes.

Contudo, quando a criança passa, com frequência, a viver em função de eventos futuros e as atividades diárias são afetadas por conta disso, é sinal de que algo não vai bem. A ansiedade, quando ignorada na infância, tende a persistir durante as outras fases da vida, podendo trazer sérias consequências. Mas quando a ansiedade é patológica e quando é normal?

Esses temores na infância são comuns ao desenvolvimento quando eles são transitórios, não excessivos, não alteram a dinâmica da família e nem o cotidiano da criança, tendenciando a desaparecer de forma gradual. Na Ansiedade, os sintomas não são proporcionais nem esperados ao desenvolvimento infantil. Quando sintomáticos, podem apresentar dores de cabeça, falta de ar, sudorese excessiva, agressividade, entre outros. Caso contrário, é preciso ficar atento aos sinais e sintomas persistentes e procurar um profissional capacitado, pois, a criança, pela imaturidade relacionada a fase do desenvolvimento, por muitas vezes não consegue expressar em palavras o que está sentindo e nomear suas emoções.

Desta forma, tendo em vista a provável mudança de toda rotina familiar e dificuldade de adaptação e/ou imposição de rotina pelo fato de estarem dentro de casa, vamos dar algumas dicas a fim de que de amenizar possíveis sinais e sintomas da ansiedade.

Pela questão da imaturidade já dita anteriormente e ausência de noção de tempo, data e dias, agregada a mudança de sua rotina habitual, a criança tende a buscar comportamentos autorregulatórios, como levar as coisas à boca, pro exemplo e demandar maior atenção.

O que fazer? Deixe que a criança faça a sua autorregulação. Observe o comportamento e sane a sua necessidade afetiva, quando possível. É sempre importante lembrar que está sendo difícil pra ela emocionalmente estar distante dos coleguinhas do parquinho, da escola, de familiares e pessoas próximas, por isso, necessitará de uma maior atenção de vocês, os responsáveis.

Além disso, existem diversas brincadeiras que podem ser utilizadas para distrair a mente da criança e também preencher o seu tempo ocioso. Podemos relembrar brincadeiras antigas, tais como pular amarelinha, bolha de sabão e cabra cega que, além de estabelecer e construir memórias afetivas para com a criança, estarão ainda desenvolvendo estímulos sensoriais.

Há ainda, as atividades do KIDS que estão sendo disponibilizadas no Aplicativo Missão Praia da Costa, agregando assim vínculo, conhecimento da Palavra e aprendizado.

E agora que a gente já conversou um pouquinho, que tal colocar em prática?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cordioli, A. V. [et al.] (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais – 5. ed. – Porto Alegre: Artmed.

Friedberg, R. D., Mcclure J. M [et al.] (2011). Técnicas de terapia cognitiva para crianças e adolescentes, Porto Alegre: Artmed.

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