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Ensine sua criança a nomear as emoções

Você sabia que sentir e aprender a nomear os sentimentos são coisas diferentes? Conforme Skinner, os sentimentos são sensações corporais próprias dos seres humanos, porém, nomear estes sentimentos é algo aprendido e possui origem social!

Neste sentido, você já parou pra pensar a importância que os cuidadores tem, em relação ao desenvolvimento da habilidade de nomeação dessas emoções?

Precisamos lembrar que somos exemplos próximos e de confiança, considerando ainda que correspondemos aos sentimentos delas, nos tornando modelo de conduta e interpretação.

Skinner explícita ainda que, quando nos tornamos capazes de identificar nossas próprias emoções, cria -se possibilidade de inferirmos nos sentimentos de outras pessoas, diante de determinadas situações. Este fato contribui ainda para o desenvolvimento da empatia!
Na medida em que ajudamos a criança a aprender, identificar e nomear o que está sentindo, contribui para o processo de regulação emocional e o desenvolvimento de competência social!


Além disso, um bom motivo para nos educarmos emocionalmente e para educarmos os nossos filhos, ensinando-os a identificar as emoções e sentimentos e especialmente, como lidar com eles, reside no fato de que as emoções negativas intensas e, portanto, dolorosas, interferem de maneira disfuncional na capacidade de pensarmos claramente, resolver problemas e agir efetivamente para obter satisfação. (Beck, 1977).

E então, considerando a atual conjuntura de distanciamento/isolamento social, é necessário que essa habilidade seja ainda mais desenvolvida, pois, a criança, pela sua imaturidade verbal, quando não sabe nomear seus sentimentos, tende a se comportar de maneira não habitual a fim de que seja compreendida. Desta forma, atividades como desenhar carinhas e nomear sentimentos podem ser um ótimo estímulo para este fim. Ademais, segue a dica de um filme infantil excelente para análise junto à sua criança: Divertidamente.

Além de uma atividade lúdica incrível, você ainda estará contribuindo ativamente para a construção de memórias afetivas para com seu filho. Então, que tal pegar uma pipoca e sentar junto à eles para assistirem juntos e depois debater sobre?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bahls, S. (2002). Aspectos clínicos da depressão em crianças e adolescentes. Jornal de Pediatria.

Beck. A. (1977). Teoria Cognitivo Comportamental: Teoria e Prática. 2ª ed. V. (2013). Artmed: São Paulo.

Skinner, B. F. (1991). Questões Recentes na Análise Comportamental. São Paulo: Papirus (trabalho original publicado em 1989).

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